A passagem do Evangelho do 3º Domingo
da Quaresma está logo imediatamente a seguir ao sinal de Jesus em Caná da
Galileia. Há algumas expressões e frases que se repetem nas duas cenas e fazem
pensar que o autor tenha querido criar um contraste entre os dois episódios.
Em Caná, uma aldeia da
Galileia, durante uma festa de bodas de casamento, uma mulher hebreia, a mãe de
Jesus, demonstra uma confiança ilimitada em Jesus e convida a acolher a sua
palavra. Por outro lado, “os judeus” durante a celebração da Páscoa em
Jerusalém recusam acreditar em Jesus e não acolhem a sua palavra.
Em Caná Jesus fez o primeiro
sinal, aqui os judeus pedem um sinal, mas não aceitam o sinal que Jesus lhes dá.
A ação e a palavra de Jesus suscitam duas reações. A primeira, a dos
discípulos, é de admiração; a segunda, a dos “judeus”, é de desacordo e de
confrontação. Eles pedem uma explicação a Jesus, mas não estão abertos a
acolhê-la.
“Os judeus” não podem entender
o verdadeiro significado da palavra de Jesus. Nem mesmo os discípulos, que o
admiram como um profeta cheio de zelo pela causa de Deus, a podem entender
agora: somente depois do seu cumprimento acreditarão na palavra de Jesus.. Mas
esta fé baseada somente nos sinais não entusiasma Jesus.
Algumas perguntas para ajudar
na meditação e na oração
-
Sou capaz de me confiar completamente a Deus num ato de fé ou peço sempre
sinais?
-
Sou capaz de confiar a minha família a Deus?
-
Deus proporciona-me muitos sinais da sua presença na minha vida. Acolho-os?
-
Contento-me com um culto exterior ou procuro oferecer a Deus o culto da minha
obediência na vida diária?
-
Quem é Jesus para mim?
Brasília,
06 de março de 2015.
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