quarta-feira, 4 de abril de 2012

Domingo da Paixão nos Ramos (Mc 11, 1-10)


O último domingo da Quaresma é, propriamente, chamado de Domingo da Paixão nos Ramos.

A Semana Santa começa no Domingo de Ramos. Uma semana que a liturgia católica vive na maior profundidade possível a Paixão, a Morte e a Ressurreição do nosso Salvador. Portanto, celebram-se dois mistérios muito unidos: a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e sua Paixão.

A cidade de Jerusalém fervillava de gente. Judeus de todos os cantos estavam chegando para uma semana de comemorações da Páscoa. Logo que chegou a notícia de que Jesus estava a caminho de Jerusalém, uma multidão entusiasmada partiu ao seu encontro. Jesus e seus discípulos haviam chegado a Betânia. Jesus disse a dois de seus discípulos: - Vão à aldeia e tragam-me o jumentinho que encontrrão preso junto à mãe dele. Se alguém perguntar o que vocês pretendem, digam-lhe que o Mestre precisa dele e em breve o devolverá.

Os discípulos fizeram conforme Jesus disse. Levaram o jumentinho e estenderam seus mantos no lombo do animal para fazerem uma sela. Então, Jesus montou no lombo do jumento e entrou humildemente na cidade. A multidão apressou-se e muitos foram à frente e O receberam com festa, estendendo suas vestes, seus mantos pelo caminho para fazer uma estrada real; outros com ramos de oliveira e palmeira que haviam apanhado nos campos agitavam para homenageá-Lo: - Hosana! – gritavam. – Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Chegou o Rei há tanto tempo prometido! Deus abençoe aquele que vem em nome do Senhor!

Como é que pode, Jesus faz sua entrada solene em Jerusalém montado num jumentinho? Pois é, Ele sendo Deus e recebendo uma aclamação jamais vista. Vejam bem, gritavam: - Chegou o Rei!

Muitos reconheciam Jesus como Rei, pois O aceitavam como quem indica o caminho, Aquele em quem confiavam e o seguiam. Mas, aqueles mesmos que o aclamaram ainda o levariam ao suplício da cruz, quanta incoerência...

Vamos, também, saudar Jesus com palmas, com ramos, fazer nossa procissão do Domingo de Ramos, com alegria festiva, acompanhá-Lo, porém a nossa procissão deve ser algo mais profundo, como ressalta o Papa Bento XVI: “a nossa procissão de hoje quer ser imagem de algo mais profundo, imagem do fato que nos encaminhamos em peregrinação, juntamente com Jesus, pelo caminho alto que leva ao Deus vivo. É desta subida que se trata: tal é o caminho, a que Jesus nos convida”.

Quando participamos da procissão estamos dando nosso testemunho àquele que é o Salvador, àquele que tornou visível o rosto de Deus e por quem o coração de Deus se abre a todos nós.

A procissão representa o nosso “sim” a Jesus, no seu seguimento, por isso devemos sempre pedir a graça de segui-Lo: - Vem, Jesus, dai-nos a graça de segui-Lo, aonde quer que o Senhor vá. Não tenhamos medo, não tenha medo! Renuncie às comodidades da vida e dê o seu “sim”. Devemos aceitá-Lo a cada dia e ter Sua Palavra como critério válido para nossa vida, porque só Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Só Ele tem a autoridade da verdade!

Com o Senhor, sejamos peregrinos, para o Alto, à procura da verdade, à procura do rosto de Deus, à procura da face de Deus!

Brasília 01.04.2012
Maria Auxiliadôra