terça-feira, 18 de março de 2014

TRANSFIGURAÇÃO


Hoje refletiremos sobre o tema do 2º Domingo da Quaresma (Mt 17,1-9). Jesus nos mostra sua Majestade e seu sofrimento para nos ensinar que não há triunfo se não houver batalha e que o verdadeiro discípulo deve seguir o caminho da escuta atenta de Deus e dos seus projetos, da obediência total e radical aos planos do Pai.

Esse Evangelho traz o relato da Transfiguração de Jesus, que é uma teofania – quer dizer, uma manifestação de Deus.

A Transfiguração é a mudança de aspecto de Jesus na presença de seus três discípulos prediletos: Pedro, Tiago e João. E é antecedido do primeiro anúncio da paixão e de uma instrução sobre as atitudes próprias do discípulo, convidado a renunciar a si mesmo, a tomar a sua cruz e a seguir Jesus no seu caminho de amor e de entrega da vida. Portanto, esse fenômeno está unido ao anúncio da paixão que Jesus faz várias vezes naqueles mesmos dias.

Pois bem, a mensagem fundamental da Transfiguração é que Jesus é o Filho amado de Deus, em quem se manifesta a glória do Pai. Ele é, também, o Messias libertador e salvador esperado por Israel, anunciado pela Lei e pelos Profetas. Mais ainda: Ele é um novo Moisés – isto é, aquele através de quem o próprio Deus dá ao seu Povo a nova lei e através de quem Deus propõe aos homens uma nova aliança. Jesus, Filho amado de Deus, é que vai concretizar o projeto salvador e libertador do Pai em favor dos homens através do dom da vida, da entrega total de si próprio por amor.

Como podemos ver, a Transfiguração de Jesus é para nós um sinal, um grito de alerta, para que não desanimemos, pois a lógica de Deus não conduz ao fracasso, mas à ressurreição, à vida definitiva, à felicidade sem fim, embora, ser seguidor de Jesus muitas vezes nos obrigue a nadar contra a corrente, porém, todo aquele que quiser ter uma vida própria e independente não pode ser discípulo de Jesus, já que a regra da vida plena não é fazer o que convém.

Devemos aprender a fazer a vontade de Deus, devemos querer, desejar fazer a vontade do Pai, para o nosso próprio bem, para sermos verdadeiramente felizes. Devemos conhecê-Lo e uma maneira é através da oração. Observe que a Transfiguração de Jesus se realizou numa situação de oração, quando relata que Jesus tomou consigo Pedro, João e Tiago, e subiu ao monte para rezar.

Estamos na Quaresma. Esta convida-nos a um itinerário a ser percorrido em que é preciso três elementos para a nossa jornada espiritual: a oração, o jejum e a penitência. Como Jesus, que tomou consigo Pedro, João e Tiago, e subiu ao monte para rezar, façamos da oração um momento único em nossa vida, pois ela é a força do cristão e de toda pessoa que crê.

Especialmente na Quaresma, que é um tempo de oração, dediquemo-nos mais a rezar, a fazer uma oração mais intensa, mais assídua, mais capaz de cuidar das necessidades dos nossos irmãos, de interceder junto a Deus por tantas situações de pobreza, sofrimento, solidão de Deus. Você não precisa usar de palavras difíceis... basta fazer a Oração de Jesus, também chamada de Oração do Coração: “Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tende piedade de mim, pecador”.
“Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tende piedade de mim, pecador”.
“Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tende piedade de mim, pecador”.

Brasíllia 14/03/2014

Maria Auxiliadôra

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