quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O Espírito Santo como alma da Igreja


É pela Revelação que nos é ensinado que o nosso Deus é um Deus Único e Verdadeiro, porém três são as Pessoas Divinas: Pai, Filho e Espírito Santo.

A Trindade possui a mesma natureza, a mesma essência, a mesma substância, os mesmos atributos divinos, mas as Três Pessoas são distintas. O Pai não é o Filho, o Filho é distinto do Espírito Santo, porém o Pai está todo no Filho, o Filho está todo no Pai, assim como o Espírito Santo está todo no Pai e no Filho.

Embora, desde o princípio, quando Deus criou o céu e a terra, o Espírito Santo já pairava sobre tudo o que foi criado (Gn 1,2), e a Igreja que o recebeu do Senhor, o professa de maneira solene nos Símbolos da fé, no Batismo de seus novos filhos (Mt 28,19), ele permanece, para muitos, como o "Deus desconhecido".

Aliás, a dificuldade do entendimento desse mistério está narrada em Atos dos Apóstolos (19,2): Mas nem ouvimos dizer que haja um Espírito Santo”.

Será que pouco se prega sobre ele, bem como pouco se reflete?

Será que essa dificuldade é causa do esquecimento do Espírito Santo?

Dá para separá-lo da vida de Jesus? E da vida da Igreja?

Não, definitivamente não dá para separar o Espírito Santo nem de Cristo nem da Igreja! Verdadeiramente, a Trindade possui a mesma natureza, a mesma essência, a mesma substância, os mesmos atributos divinos, mas as “três pessoas” são distintas.

Desde o princípio até a consumação do tempo, quando Deus envia o seu Filho, envia sempre o seu Espírito. Assim, a missão dos dois é conjunta e inseparável. Pela sua morte e ressurreição, Jesus foi constituído Senhor e Cristo na glória. Da sua plenitude, Ele derrama o Espírito Santo sobre os Apóstolos e sobre a Igreja, sacramento da comunhão da Santíssima Trindade com os homens.

A Igreja é o Templo do Espírito Santo e o Espírito Santo é a alma da Igreja. Faço minhas as palavras do Papa Leão XIII na Carta Encíclica Divinum illud munus:

“...Devemos amar o Espírito Santo, porque é Deus: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças". E há de ser amado, porque é o Amor substancial eterno e primeiro, e não há coisa mais amável que o amor; e depois tanto mais lhe devemos amar quanto que nos tenha enchido de imensos benefícios que, se atestam a benevolência do doador, exigem a gratidão da alma que os recebe.” (Divinum illud munus, 13)

Brasília 21/08/2014
Maria Auxiliadôra


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