segunda-feira, 27 de maio de 2013

PENTECOSTES


Hoje refletiremos sobre a SOLENIDADE DE PENTECOSTES, em que comemora-se a descida do Espírito Santo – Dom de Deus.

“Pentecostes” é uma palavra que vem da língua grega e quer dizer 50 dias depois da Páscoa.

No Antigo Testamento, Pentecostes também era chamado de “festa das semanas” em que os israelitas deviam “apresentar-se diante do Senhor”, isto é, peregrinar a Jerusalém. Foi, também, chamado de a “festa da colheita” e “festa das primícias”, em que se agradecia a Deus a colheita da cevada e do trigo.

No Novo Testamento, Pentecostes é o grande dia da vinda do Espírito Santo e do lançamento da Igreja de maneira portentosa, segundo vem narrado nos Atos dos Apóstolos (At 2, 1-14).

No dia de Pentecostes, ou seja, no fim das sete semanas pascais, de acordo com o nº 731 do Catecismo da Igreja Católica, a Páscoa de Cristo se realiza na efusão do Espírito Santo, que é manifestado, dado e comunicado como Pessoa Divina: de sua plenitude, Cristo, Senhor, derrama em profusão o Espírito.

Então, nesse dia é revelada plenamente a Santíssima Trindade, pois quando dizemos “Creio no Espírito Santo” estamos professando que o Espírito Santo é umas das Pessoas da Santíssima Trindade, consubstancial ao Pai e ao Filho (mesma substância), e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado. A partir desse dia o Reino anunciado por Jesus está aberto aos que crêem nele. Na humildade da carne e na fé, eles participam já da comunhão da Santíssima Trindade (CIC, 732).

Portanto, a Igreja continua celebrando este acontecimento na Solenidade de Pentecostes.

Conforme a narrativa no Evangelho Segundo São João (Jo 20,19-23), Jesus, ao adentrar o ambiente em que os discípulos estavam, de portas fechadas, ficou no meio deles os saudou, desejando-lhes “a paz”: A paz esteja convosco – disse Jesus. Um simples gesto que significa transmitir tranqüilidade, serenidade, confiança... Esse gesto é que vai permitir aos discípulos superarem o medo, a insegurança. Depois de ter dito isso, completou: A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio. Em seguida, Jesus soprou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos.

Vejam bem, Jesus soprou sobre eles...

Deus ao comunicar a vida ao homem também soprou...“O sopro” de Deus foi o que deu a vida, foi o que tornou o homem um ser vivente.

Da mesma forma, Jesus, ao soprar sobre os discípulos, este gesto é reproduzido, isto é, de agora em diante os discípulos recebem a vida em plenitude e estão capacitados.

Como vemos, a comunidade cristã, reunida à volta de Jesus ressuscitado, que antes era uma comunidade fechada, insegura, desorientada, com medo, que necessitava fazer uma experiência do Espírito Santo, passa a ser uma comunidade viva, recriada, nova, a partir do dom do Espírito.

A partir daquela experiência do Espírito Santo é que a comunidade estará preparada para assumir a sua missão no mundo e dar testemunho do projeto libertador de Jesus.

É o Espírito que permite aos crentes superar o medo e as limitações e dar testemunho no mundo desse amor que Jesus viveu até às últimas consequências.

É o Espírito Santo, Dom de Deus, que dá vida, renova, transforma, constrói a comunidade e faz nascer o Homem Novo.

Peçamos ao Espírito Santo que nos guie, nos anime, nos fortaleça, nos ajude a acolher o Espírito da unidade, sobretudo durante este Ano da Fé.

Brasília 19.05.2013

Maria Auxiliadôra

Nenhum comentário:

Postar um comentário