Hoje
refletiremos sobre a SOLENIDADE DE PENTECOSTES, em que comemora-se a
descida do Espírito Santo – Dom de Deus.
“Pentecostes”
é uma palavra que vem da língua grega e quer dizer 50 dias depois da Páscoa.
No Antigo
Testamento, Pentecostes também era chamado de “festa das semanas” em que os
israelitas deviam “apresentar-se diante do Senhor”, isto é, peregrinar a
Jerusalém. Foi, também, chamado de a “festa da colheita” e “festa das
primícias”, em que se agradecia a Deus a colheita da cevada e do trigo.
No Novo
Testamento, Pentecostes é o grande dia da vinda do Espírito Santo e do
lançamento da Igreja de maneira portentosa, segundo vem narrado nos Atos dos
Apóstolos (At 2, 1-14).
No dia de
Pentecostes, ou seja, no fim das sete semanas pascais, de acordo com o nº 731
do Catecismo da Igreja Católica, a Páscoa
de Cristo se realiza na efusão do Espírito Santo, que é manifestado, dado e
comunicado como Pessoa Divina: de sua plenitude, Cristo, Senhor, derrama em
profusão o Espírito.
Então, nesse
dia é revelada plenamente a Santíssima Trindade, pois quando dizemos “Creio
no Espírito Santo” estamos professando que o Espírito Santo é umas das Pessoas
da Santíssima Trindade, consubstancial ao Pai e ao Filho (mesma substância), e
com o Pai e o Filho é adorado e glorificado. A partir desse dia o Reino
anunciado por Jesus está aberto aos que crêem nele. Na humildade da carne e na fé, eles participam já da comunhão da
Santíssima Trindade (CIC, 732).
Portanto, a Igreja continua
celebrando este acontecimento na Solenidade de Pentecostes.
Conforme a narrativa no Evangelho Segundo São João (Jo 20,19-23),
Jesus, ao adentrar o ambiente em que os discípulos estavam, de portas fechadas,
ficou no meio deles os saudou, desejando-lhes “a paz”: A paz esteja convosco – disse Jesus. Um simples gesto que significa
transmitir tranqüilidade, serenidade, confiança... Esse gesto é que vai
permitir aos discípulos superarem o medo, a insegurança. Depois de ter dito
isso, completou: A paz esteja convosco.
Como o Pai me enviou, também eu vos envio. Em seguida, Jesus soprou sobre
eles e disse: Recebei o Espírito Santo. A
quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os
perdoardes, eles lhes serão retidos.
Vejam bem, Jesus soprou sobre eles...
Deus ao comunicar a vida ao homem também soprou...“O sopro” de Deus
foi o que deu a vida, foi o que tornou o homem um ser vivente.
Da mesma forma, Jesus, ao soprar sobre os discípulos, este gesto é
reproduzido, isto é, de agora em diante os discípulos recebem a vida em
plenitude e estão capacitados.
Como vemos, a
comunidade cristã, reunida à
volta de Jesus ressuscitado, que antes era uma comunidade fechada, insegura,
desorientada, com medo, que necessitava fazer uma experiência do Espírito
Santo, passa a ser uma comunidade viva, recriada, nova, a partir do dom do
Espírito.
A partir daquela experiência do Espírito Santo é que a comunidade
estará preparada para assumir a sua missão no mundo e dar testemunho do projeto
libertador de Jesus.
É o Espírito que permite aos crentes superar o medo e as limitações
e dar testemunho no mundo desse amor que Jesus viveu até às últimas
consequências.
É o Espírito Santo, Dom de Deus, que dá vida, renova, transforma,
constrói a comunidade e faz nascer o Homem Novo.
Peçamos ao Espírito Santo que nos guie, nos anime, nos fortaleça,
nos ajude a acolher o Espírito da unidade, sobretudo durante este Ano da Fé.
Brasília 19.05.2013
Maria Auxiliadôra
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