terça-feira, 3 de julho de 2012

SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO


A liturgia convida-nos a refletir sobre estas duas figuras e a considerar o seu exemplo de fidelidade a Jesus Cristo e de testemunho do projeto libertador de Deus.

Vou falar um pouco sobre cada um, primeiramente sobre São Pedro.

Simão recebeu de Jesus o nome de “Pedro” no primeiro encontro que teve com ele (Jo 1, 42), nome solenemente ratificado quando lhe promete o primado, que é a razão do novo nome: és a pedra ou autoridade básica da Igreja (Mt 16, 18). Simão Pedro era natural de Betsaida, onde, com seu irmão André e seus amigos e sócios, os irmãos Tiago e João, praticava a pesca. Na lista dos apóstolos, Pedro sempre é colocado primeiro. Forma com Tiago e João o grupo dos três apóstolos prediletos, aos quais Jesus pega como testemunhas na ressurreição da filha de Jairo, na transfiguração e na agonia. Embora num momento da paixão tenha negado ser seu discípulo, Jesus lhe aparece em particular, e na comunidade primitiva ele atua como cabeça; eleição de Matias; atuação diante do sinédrio; assunto de Ananias e Safira; visita às comunidades que vão se estabelecendo. É ele que dá o grande passo de abrir as portas da Igreja aos gentios sem exigir que passem pela lei judia. Foi livre milagrosamente quando Herodes quis matá-lo. Sabemos pela tradição que esteve em Roma como chefe da comunidade cristã e que ali sofreu martírio, sob o imperador Nero, no ano 67.

Em relação a São Paulo, o nome que lhe puseram seus pais foi “Saulo”, que significa “o desejado”, e o nome romano “Paulo”. De sua vida, sabemos aquilo que encontramos nos Atos dos Apóstolos” e em suas cartas. Nasceu em Tarso da Cilícia (Ásia Menor), seus pais eram judeus, da tribo de Benjamin, que viviam na diáspora. Teve a educação judia e a do mundo grego, como também gozou de pertença ao povo hebreu e da cidadania romana, porque dela gozava seu pai. Aderiu a corrente farisaica, estudou com Gamaliel, mestre de mente aberta, como os rabinos aprendeu um ofício para viver dele: o de fabricante de tendas. Nos primeiros anos de sua atividade pública foi perseguidor dos seguidores de Jesus, até que Cristo, que o tinha escolhido, saiu-lhe ao encontro no caminho de Damasco. A atividade apostólica de São Paulo foi intensa, até o ponto de se lhe chamar “o apóstolo”, embora não tenha conhecido o Senhor em vida. Segundo a tradição, morreu decapitado por Nero em Roma no ano 67. Os Atos dos Apóstolos o têm como o principal protagonista no avanço expansivo do cristianismo desde Jerusalém até Roma e escreveu numerosas cartas. Por isso, ao olharmos para o seu exemplo, impressiona-nos como o encontro com Cristo marcou a sua vida de forma tão decisiva; como ele se identificou totalmente com Cristo; como ele anunciou o Evangelho em todo o mundo, mesmo tendo passado por dificuldades, tortura, prisão. Paulo é, verdadeiramente, um modelo e um testemunho que deve inspirar cada cristão.

No Evangelho segundo São Mateus (Mt 16,13-19), a Pedro Jesus promete-lhe “as chaves do Reino dos céus” e o poder de “ligar e desligar” (Tu és Pedro e eu te darei as chaves do Reino dos Céus). Jesus nomeia Pedro para “administrador” e supervisor da Igreja, com autoridade para interpretar as palavras de Jesus, para adaptar os ensinamentos de Jesus a novas necessidades e situações, e para acolher ou não novos membros na comunidade dos discípulos do Reino. Todos são chamados por Deus a integrar a comunidade do Reino; mas aqueles que não estão dispostos a aderir às propostas de Jesus não podem aí ser admitidos. Pedro é o protótipo do discípulo; nele, está representada a comunidade que se reúne em volta de Jesus e que proclama a sua fé em Jesus como o “Messias” e o “Filho de Deus”. É a essa comunidade, representada por Pedro, que Jesus confia as chaves do Reino e o poder de acolher ou excluir.

Portanto, Jesus instituiu Pedro como o chefe supremo da Igreja. Só está unido com Cristo quem está unido com a Igreja; e só está unido com a Igreja quem obedece filialmente ao Papa. Assim, é a sucessão sem nunca ter sido interrompida. O Papa Bento XVI é o 266º sucessor de São. Pedro na cátedra de coordenador geral da Igreja. Por isso, hoje, dia 29 de junho, é também o Dia do Papa. Nós, católicos, reafirmamos a nossa obediência filial a Bento XVI, e rezamos por ele, para que tenha muita saúde, sabedoria e santidade, a fim de continuar à frente da Igreja por muitos e muitos anos, como um bom pastor.

Celebramos com alegria a Solenidade de São Pedro e São Paulo. Eles são chamados de “colunas da Igreja”, porque Pedro foi o seu primeiro chefe, e Paulo o primeiro propagador entre os pagãos. Por caminhos diferentes, os dois testemunharam Jesus Cristo, inclusive entregando a vida por Ele.
Viva São Pedro! Viva São Paulo!

Em 29.06.2012
Maria Auxiliadôra

Nenhum comentário:

Postar um comentário